Entenda a mudança do Siscomex Mantra para o CCT aéreo
O comércio exterior, especificamente no processo de importação, exige competências bastante específicas. Entre as principais habilidades gerenciais, despontam o conhecimento acerca das demandas legais, a iniciativa comercial estratégica e o domínio das ferramentas que regulamentam e agilizam as transações internacionais — sendo o Siscomex Mantra, em operação há mais de 20 anos, uma das mais tradicionais.
Na prática, a atividade comercial entre países é um desafio, mas também uma grande oportunidade de crescimento. Para explorar todo o potencial dos territórios, mantendo-se alinhado às legislações vigentes, é necessário acompanhar as evoluções do setor e permanecer flexível às novidades da área.
Neste post, você entenderá um pouco mais sobre a recente transformação do comércio exterior: a migração do então Siscomex Mantra para o novo CCT aéreo.
Primeiro, você ficará por dentro dos principais desafios da importação e saberá o papel de cada sistema — incluindo os principais benefícios individuais — na otimização de rotinas específicas, confirmando a importância de contar com o suporte gerencial adequado no momento de importar produtos com transparência e segurança. Preparado? Boa leitura e bons insights!
Quais são os principais desafios da importação?
Quando o assunto é importação, convém partir do início e entender mais sobre o cenário comercial no Brasil. Nos três primeiros meses de 2019, de acordo com o Correio Braziliense, as importações subiram 1% em relação ao trimestre anterior — contribuindo para um crescimento econômico nacional ainda tímido, mas já mais otimista, de 0,4%.
Para desbravar o comércio internacional, alcançando lucros expressivos e exponenciais, os gestores da área certamente precisam conhecer os desafios inerentes à atividade. Esse resguardo garante que haja mais sinergia nas estratégias e mais eficiência nas táticas, alavancando resultados cada vez mais consistentes. Confira, agora, dois dos principais entraves ao processo de importação!
Burocracia
Há, de fato, um aspecto bastante relevante que costuma tirar o sono dos gestores da área: a burocracia. De forma a garantir controle estrito sobre a entrada de mercadorias, o Governo criou uma série de mecanismos para monitorar as transações. Atualmente, um grande volume de dados (autorizações, relatórios e licenças, por exemplo) devem ser remetidos às instituições legais como forma de viabilizar a operação internacional.
Descentralização de informações
Quando os dados não estão centralizados — dependem de documentos impressos e de arquivos digitalizados, por exemplo —, os desencontros são recorrentes. É justamente para solucionar problemas como esse que a tecnologia vem sendo cada vez mais explorada na gestão pública e privada, demonstrando resultados positivos para todos os envolvidos nos procedimentos de importação.
O que é o Siscomex Mantra?
A tecnologia de gestão é uma grande aliada na missão de resolver alguns dos problemas mais comuns à operacionalização dos processos de importação. O Siscomex Mantra, por exemplo, por mais de 20 anos foi o responsável por centralizar demandas recorrentes, permitindo que os importadores agregassem transparência às tarefas rotineiras.
De modo geral, o Siscomex Mantra consiste em uma criação tecnológica da Receita Federal cuja missão é permitir o acompanhamento de cargas na importação e na exportação. O recurso do software é o Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento, que se vale de uma base única de dados para endossar o controle de trânsito em território nacional, validando a movimentação e a acomodação das mercadorias em armazéns da alfândega.
Para as empresas, o Siscomex Mantra foi um avanço poderoso na profissionalização do modal aéreo no comércio exterior — método que, atualmente, representa 35% de todo o comércio mundial. A tecnologia permitiu a unificação de dados e descomplicou algumas das exigências mais morosas. Duas décadas e mais alguns avanços significativos depois, chegou a hora de dar um novo passo. A substituição do Siscomex Mantra já é uma realidade e os importadores mais competitivos precisam estar na dianteira do movimento.
O que é o CCT aéreo e quais são suas vantagens?
O CCT (Controle de Carga e Trânsito) aéreo é o módulo que substituirá o tradicional Siscomex Mantra. O objetivo da mudança é relativamente simples, embora bastante profundo: desburocratizar e aprimorar o processo de importação. O sistema é resultado de uma parceria entre a Receita Federal e a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, em curso desde 2017.
Em termos amplos, o novo módulo visa atender todos os modais com base nos padrões internacionais estabelecidos pelo Incoterms. Com isso, os ganhos em segurança, simplificação e otimização (de recursos e de prazos, por exemplo) são expressivos e devem fazer toda a diferença para o importador.
No início, o CCT, como o próprio nome sugere, estará restrito ao modal aéreo, permitindo a troca de dados entre companhias aéreas — com informações sobre voos e cargas, por exemplo — e importadores, reduzindo drasticamente o tempo médio demandado para liberar cargas importadas — muitas vezes em mais de 80%. As operações manuais, geralmente responsáveis pela morosidade do processo na atualidade, também devem cair até 90%.
A produtividade não é o único indicador beneficiado pela transição. Para as empresas, considerando que o CCT estará disponível no portal Siscomex, cabe reforçar que todos os módulos de acesso para DUE e DUIMP estarão centralizados e integrados. Isso reduz o retrabalho de imputar dados repetitivos.
No que compete às companhias aéreas, o CCT assegura que elas poderão permanecer com carga sob responsabilidade (AOG), fazer baldeação para o exterior sem a necessidade de trânsito (DTI) e manifestar a carga com antecedência de três horas — em relação à previsão de saída da aeronave.
Operadores aeroportuários e transportadoras, por sua vez, também ganham com a implantação do novo módulo. É possível registrar divergências para a concessionária, efetuar a entrega de carga, gerar e apropriar o DSIC e fazer o upload do conhecimento de embarque.
O mecanismo é, portanto, uma excelente ferramenta para conferir mais agilidade e segurança às exigências da importação, maximizando os lucros da operação — principalmente ao otimizar recursos e minimizar a incidência de erros manuais.
Como implantar o CCT aéreo?
O lançamento da API do CCT aéreo marcou o início da operacionalização do software. A partir dela, as tecnologias de gestão podem se associar à inteligência do Governo para automatizar tarefas e processos de forma eficiente.
As etapas subsequentes foram divididas em dois períodos: segundo semestre de 2019 e primeiros seis meses de 2020. Na fase inicial, as demandas mais urgentes dizem respeito:
- à implantação progressiva das funcionalidades;
- às informações repassadas pelos Recintos Depositários;
- à vinculação com o processo de importação atual via DI.
Na fase etapa final, já em 2020, a obrigatoriedade do CCT aéreo entra efetivamente em vigor e dá-se início, então, ao cronograma de desligamento do Siscomex Mantra até que a transição seja totalmente finalizada. Cabe aos gestores que se dedicam à importação a tarefa de adequar processos e tecnologias às novas demandas legais, mantendo a saúde e a produtividade de seus negócios.
A Pibernat é referência em comércio exterior. No mercado há mais de 30 anos, a empresa entrega soluções aderentes às necessidades do mercado e assegura a conformidade das transações internacionais. No caso da migração do Siscomex Mantra para o CCT aéreo, a Pibernat se destaca por já ter um sistema apto e por manter uma escala global de operação, investindo na modernização do comércio exterior no Brasil.
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